0449602.jpg r 1920 1080 f jpg q x xxyxx 210x300 - [Crítica] Os Incríveis 2
08/07/2018:
Depois de quatorze anos de ausência vemos novamente a família de super-heróis mais carismática do cinema em uma continuação excelente. Começando exatamente onde termina o primeiro longa: na batalha contra o escavador. Uma sequência épica de ação que mostra o minimalismo da produção em efeitos grandiosos e realistas.
Não se esquecendo, claro, de temas importantes desde o primeiro filme: a duplicidade entre a vida de herói e a normal ao mesmo tempo. Ao término da sequência de ação onde todo o trabalho e dedicação dos heróis é posta à prova, os mesmos são confrontados com a responsabilidade de seus atos e tem de arcar com eles. Edna mostra toda a sua sabedoria em um momento crucial da trama e o Gelado continua ótimo como sempre.
Quando as coisas pioram vemos que no fim das contas a vida real não é nada fácil. Helena consegue um super emprego e Beto fica com as crianças. Um grande desafio para alguém que não sabe como lidar com esse aspecto da vida. Helena, por sua vez, vê em seu ápice profissional a falta que ela sente dos filhos e do esposo. Dramas tão comuns e uma inversão de papeis muito vistos hoje em dia.
As crianças também vivem essa dicotomia e tentam viver buscando o heroísmo, mas se deparando com problemas corriqueiros. Desde a matemática para Flecha (que também desafia o pai) até o relacionamento amoroso de Violeta com seu amigo de escola. Além de Zezé e seus múltiplos poderes. Desta forma Os Incríveis II nos traz pessoas normais (o que aumenta nossa identificação com eles) tentando equilibrar suas vidas. Já o vilão é uma surpresa excelente. Muito bem construído e fundamentado. Enfim, uma história lúdica que encanta as crianças e conquista os adultos por seus dramas que são tão nossos. Realmente um filme incrível.

Foto: Disney / Pixar